domingo, 4 de outubro de 2009

Endometriose x Qualidade de Vida Sexual

Queixas de cólicas são relativamente comuns nos consultórios ginecológicos e, na maioria das vezes, facilmente resolvidas. Entretanto, de acordo com Eduardo Schor, ginecologista e coordenador do Ambulatório de Endometriose e Dor Pélvica da UNIFESP, os profissionais não dão a devida importância às cólicas progressivas das mulheres, levando, geralmente, ao diagnóstico tardio da endometriose, um problema que afeta 10% a 15% das brasileiras - cerca de seis milhões de mulheres.
A endometriose é uma doença caracterizada pela presença do endométrio - tecido que reveste o interior do útero - fora da cavidade uterina. Esse tecido pode se alojar em outras partes do útero ou em outros órgãos da pelve como trompas, ovários, intestinos, bexiga.
Para Schor, que há alguns anos uniu o trabalho da UNIFESP de prevenção e detecção precoce com o da Sociedade Brasileira de Endometriose, é preciso chamar a atenção não apenas dos profissionais de saúde, mas também das mulheres mais jovens sobre o problema: CÓLICAS MENSTRUAIS FORTES NÃO SÃO NORMAIS.

Qualidade de vida e sexual:
Além das dores, a qualidade de vida e a satisfação sexual são muito prejudicadas. Uma pesquisa apresentada como dissertação de mestrado na UNIFESP pela ginecologista Tatiana Maria Trípoli, com 200 mulheres com e sem endometriose, aponta que 16% das que sofrem de endometriose classificam sua qualidade de vida como ruim ou muito ruim contra nenhum apontamento entre as mulheres sem a doença.
Atingir um orgasmo também parece uma tarefa impossível para 24% delas, contra apenas 6% entre as mulheres sadias. Veja, abaixo, um resumo dos resultados da pesquisa que comparou as mulheres com endometriose e sem endometriose:
  • 22% das mulheres com endometriose sempre têm desinteresse por sexo contra 4% das mulheres sadias;
  • 36% delas também ficam mais tensas e ansiosas quando o parceiro quer fazer sexo e 30% tem menos que duas relações sexuais por semana contra 10% e 12%, respectivamente, entre aquelas que não apresentam a doença;
  • 33% das com endometriose acham que a dor física as impedem extremamente de fazer o que precisam e, 45%, necessitam muito do tratamento médico para conseguirem fazer as atividades diárias contra apenas 10% e 12%, respectivamente, no grupo controle;
  • 25% dessas mulheres afirmam não terem - ou terem muito pouca - energia para o dia a dia e 30% estão insatisfeitas com a capacidade de trabalhar contra 10% e 8%, respectivamente, entre as sadias;
  • 40% das que sofrem com a doença estão insatisfeitas com a vida sexual e, 30%, também têm, freqüentemente, sentimentos negativos (mau-humor, desespero, ansiedade e depressão) contra 14% e 15%, respectivamente, nas mulheres sadias.

Minha Opnião:

A Fisioterapia atua também no tratamento de endometriose, é muito importante nos mantermos atualizadas para que possamos orientar as mulheres próximas à buscarem um diagnóstico preciso para as suas dores.

Ninguém precisa viver com dor. E ter uma vida sexual satisfatória não é "privilégio" de algumas mulheres (como muita gente pensa), todas somos capazes!

O primeiro passo é admitir quando precisamos de ajuda.

3 comentários:

  1. Blog cada vez mais bem elaborado, com informações importantes a todos. Muito bom!!! Não deixe de passar lá no meu hein Ma!!! Sei que não tenho horário fixo para atualizá-lo, mas sempre que der, vai deixando seus comentários. Minha amiga Danielle gostou muito de te ver por lá.

    Beijão!!!

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  2. Mariana
    voce poderia comentar sobre o tratamento da fisioterapia ginecologica de forma geral?
    mulheres sadias indicação...
    mulheres que querem engravidar...
    mulheres gravidas....
    idosos com incontinencia....
    obrigada
    Camila

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  3. Estou escrevendo o texto camila, obrigada pela sujestao

    beijos

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